quinta-feira, 7 de abril de 2011

Comunidades quilombolas de Alagoas que ainda não eram reconhecidas recebem certificado

Certificação das 13 comunidades restantes ocorreu nesta terça-feira e faz com que o Estado seja o primeiro a ter todos os remanescentes de quilombo reconhecidos
Treze comunidades quilombolasreceberam certificado das mãos da secretária Kátia Born nesta terça-feir
Livia Santana
“Esta é uma reunião de trabalho. O governador Teotonio Vilela Filho pediu que todo secretariado planejasse ações que promovessem a inclusão e assim será feito”, disse a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born, dando início ao evento que reuniu representantes de 66 comunidades quilombolas no Palácio República dos Palmares, nesta terça-feira (5).
Na ocasião, o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas(Iteral) entregou o certificado de reconhecimento as 13 comunidades quilombolas que ainda não haviam recebido o documento. Desta forma, Alagoas passa a ser o primeiro Estado do país a ter todas as comunidades certificadas. “A partir deste reconhecimento, que é uma ação de cidadania, iniciaremos o levantamento da situação socioeconômica de cada comunidade”, ressaltou Kátia Born.
“Em Alagoas, 52% da população vive em situação de pobreza e miséria. Destes, existem milhares dequilombolas sem energia, água, saúde, educação, entre outras necessidades. A Secretaria da Mulher, em parceria com vários órgãos do governo do Estado, órgãos municipais e governo Federal, trabalhará no sentido de promover melhorias para todas as comunidades”, acrescentou a secretária.
Depois da campanha de proteção à mulher, montada no mês de março, o trabalho com osquilombolas é o segundo seguimento de forma organizada que a Secretaria da Mulher trabalha este ano. “Criaremos um Programa de Ações Integradas nas comunidades, mas antes precisamos fazer um diagnóstico geral e estamos aqui pedindo licença para entrar em suas casas”, disse a secretária-adjunta da Mulher, Nadja Lessa, aos quilombolas presentes.
Segundo informou Nadja, as comunidades quilombolas já foram divididas em oito regiões. Cada região terá um coordenador responsável por checar o que cada família precisa. Haverá também pesquisadores que irão de casa em casa listando as necessidades e a partir daí será feito um diagnóstico. “Com o levantamento preciso, reuniremos todos os parceiros e cada um, de acordo com sua especificidade, traçará um plano de ação”, explicou.
“Desta forma o programa passa a ser de Governo”, acrescentou a secretária-adjunta. O evento reuniu representantes de órgãos estaduais, federais e municipais parceiros, que ouviram as exigências, necessidades e reinvidicações dos quilombolas.



































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